O suplente de vereador, Raul Gransotto, PSB,
assume, por 30 dias, na sessão desta terça, 05, uma vaga no Legislativo. Quem
se afasta é o presidente Valnir Scharnoski, PSD. Isso faz parte do acordo da Coligação
Unidos Por São Miguel (partidos aliados ao Executivo). Neste período, o
vice-presidente, Vanirto Conrad, PDT, responderá pela presidência.
Apesar de fazer parte da bancada de situação, a
expectativa em relação à postura de Gransotto é grande já que, além de extremamente
polêmico, é imprevisível.
Raul Gransotto foi eleito vereador em 2004.
Foi, também, o mais votado daquela eleição.
Porém, sua candidatura foi cassada em 1ª instância - por suposta compra de votos -.
Recorreu. No Tribunal Regional Eleitoral (TRE) foi absolvido, por unanimidade, em
27 de dezembro daquele ano. Retornou a São Miguel no dia seguinte.
Nos dias 29, 30 e 31 articulou com a base
aliada e de oposição. Em 1º de janeiro de 2005, na posse, foi eleito presidente do Legislativo
com os votos do PMDB (situação). Em seu mandato promoveu uma verdadeira ‘revolução’
na Câmara de Vereadores, profissionalizando-a e tornando-a uma das mais eficientes do Estado.
Controverso, ora defendia ora atacava a
administração municipal. Envolveu-se em vários embates inflamados (inclusive
com um padre da Igreja Católica).
Acabou rompendo com o PMDB e, na eleição da
Mesa Diretora, em dezembro de 2006, não teria cumprido um suposto acordo firmado
com os peemedebistas que previa que ele votasse no, então, vereador Alfredo
Fabiani, PMDB, para presidente. Optou por Milto Annoni, à época PFL (hoje DEM),
que se elegeu e exerceu a presidência no biênio (2007/08). - Posteriormente, a
exemplo da grande maioria dos democratas, Annoni se filiou ao PSD -.
O polêmico Raul Gransotto - que seguidamente está na Europa - volta à Câmara de Vereadores na sessão desta terça |