3 de setembro de 2013

A ‘FILOSOFIA’ DO DELÉGIO

Delégio, o colono forte de Ernestina, se formou no supletivo. Ele não assume, mas sabemos que, na verdade, ‘indiretamente’, comprou o diploma, mesmo prestando as provas. E nem precisou desembolsar dinheiro. A influência e o poderio econômico fazem que todos respeitem - ‘até mais do que devem’ - sua família.

Mas, em vários casos, onde há muito dinheiro não são poucos os conflitos entre os próprios familiares. A seus amigos mais chegados, Delégio, mesmo desfrutando de uma vida muito confortável, com direito a uma camionete Toyota Hilux cabine dupla 2013 e  um Hyundai Genesis Coupe 2011, um apartamento num prédio de luxo em Carazinho e outro, do mesmo nível, em Passo Fundo, ambos mobiliados com o bom e do melhor, que dá-se ao luxo de não alugar, e outros bens, além de muito dinheiro, tudo conseguido graças a família, não esconde o desprezo - para não mencionar raiva - que sente pelos seus pais, irmãos e irmãs.


Delégio trabalha, não tem vícios, nunca se envolve em confusões, mas, mesmo ciente que não poderá mudar, não aceitas situações e, principalmente, injustiças. Dias atrás, numa simples conversa sobre convívio familiar, ele, de forma discreta, porém raivosa - seu olhar denunciava sua cólera - filosofou: “A família que cobra uma postura mais adequada de um filho ou irmão é a maior culpada pelas suas ações inadequadas”.