A princípio veio à indignação. Depois,
no entanto, a compreensão pediu licença para lembrar que o infeliz comentário
foi proferido por um senhor idoso, humilde, cuja escolaridade não passa do
primário.
Ingênuos sem noção que deixam se levar
por meia-dúzia de palavras de qualquer pilantra de quinta categoria. No fim,
senti pena.
Por outro lado, aflorou-me um dos
sentimentos mais nocivos: a raiva. Minha fúria aumentou ao pensar nesses
canalhas que ludibriam, exploram, que querem sempre mais (e sempre por meios ilícitos)
e, infelizmente, em muitos casos, por causa de nossas frágeis leis, são
beneficiados e ficam impunes.
E não precisamos nos remeter a Brasília
em busca de exemplos. Basta refletir um pouco para perceber que em São Miguel, independente
da época, é a mesma coisa.