8 de junho de 2013

DUTRA E SUA ETERNA ANSIEDADE CRÔNICA

Ao despedir-se dos que participavam do churrasco, às 15h30, Dutra apenas confirma onde será a festa à noite e sai tranquilo, na boa e já fazendo planos para a ‘noitada’.

Em casa, lê algumas páginas de um livro e, via internet, confere as notícias do dia. Às 16h45 decide dormir. Está bem, porém um pouco cansado. O sono chega logo.

Repentinamente, por volta das 18h, acorda. O ‘sentimento’ é o mesmo. Apenas diz a si a frase que, de tantas vezes repetidas, tornou-se uma reação automática quando acometido de uma crise de ansiedade: “Desta vez ela veio de forma avassaladora”. Ingere, então, mais uma dose exagerada de tranquilizantes. Passados 15 minutos constata que em breve a dosagem precisará ser elevada como gradativamente acontece de tempos em tempos.
       
As ideias e o que foi planejado poucas horas atrás mudam. Na verdade, todo seu metabolismo -físico e emocional- se altera. Nem se importa mais, ‘pois o costume nada mais é do que algo que ocorre reiteradas vezes’.

Também não reclama. Nada pensa. Fica inerte. Esperando que a sensação desagradável, pelo menos, amenize. Do contrário, a outra dosagem já está pronta para ser ingerida. E ponto ‘final’ para mais um ‘final’ de semana. Mesmo que ainda tenha o domingo. Porém, habituado que está, tem consciência de como o dia seguinte será.   

E termina o e-mail perguntando: "Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), por que, desde a tenra idade, me persegue? E cada vez mais ferozmente?"