A
vontade de se libertar e o sentimento de paz o dominaram. Ao mesmo tempo, a
velha angústia, companheira implacável, pedia passagem para lembrar que o sol é
o responsável por muitas ‘sombras’ lesivas. Naquele instante constatou o óbvio:
é impossível voltar no tempo, exceto em pensamentos.
A
‘viagem’ começou pelo sentimento do dever não cumprido. Do medo de fazer algo
desejado. Da preocupação. Mas, ao mesmo tempo, as ‘cicatrizes’ lembraram que o
que importa é o que será.
A
‘floresta’ não assusta mais. Até alivia quando os bálsamos, em forma de
cápsulas, não atingem o objetivo de alcançar o inverso da ansiedade. Passou por
árvores raras, animais ameaçados de extinção e pela incrível sensação da ‘quase
certeza’ de que já esteve lá, em outro tempo. E o principal: de forma sublime.
Abençoado por ‘bruxos do bem’ e amaldiçoado por ‘anjos do mal’. “Sempre
brilhará”, pensou, lembrando Celso Blues Boy: “Por dentro eu sei que nunca
senti nada além de amor em tudo que vivi”.