Nestes tipos de situação, relatado acima, me lembro de um
colega de rádio, dos anos 1990, que dizia: Este é o tipo de situação
“descomugal”, sem saber que o correto é descomunal.
Por seus
erros grotescos e atitutes muitas vezes desairosas, sua companhia não me
agradava e eu não me divertia. Ele, ao contrário, era só alegria. Confidencio
que ele ficava com mais mulheres do que eu. “Ele sabe festar, dança engraçado,
fala errado, enfim faz a gente rir”, justificavam-se as moças, mesmo sem
ninguém perguntar. Quanto a mim, na
volta para casa, fazia o mesmo questionamento do cara do texto anterior.
E já que
reclamar não resolveria nada, várias vezes sentava no passeio e, aos sussurros,
conversava com a ‘Faísca’, uma cachorra do vizinho que sempre, às madrugadas, corria
para me recepcionar (ou seria consolar?).