14 de dezembro de 2012

PARA ELA, A ‘CORTINA’

Vai menina. Largue a cocaína e aquele moço que lhe domina. Você sempre foi minha paixão clandestina. 

Lembra, quando nos encontrávamos na Ernestina? A disputa entre a ‘manteiga e a margarina’?

Você era minha heroína, mas o conheceu e caiu em ruína. E sua autoestima? De turbina virou tubaína. Mas, por favor, não desanima. Prometa nunca mais tomar estricnina. 

Nunca esqueça: estou aqui e você ainda me contamina. É uma espécie de vitamina que me anima quando penso que ainda ficaremos juntos e nosso reencontro se dará na mesma esquina.

Acordei com o barulho de uma buzina. ‘É sempre assim quando durmo na sala e não fecho a cortina’.