Em 1996, o então
presidente da república, Fernando Henrique Cardoso, saiu-se com essa: “Os
brasileiros são caipiras, desconhecem o outro lado, e, quando conhecem,
encantam-se”. Misturou sinceridade com deselegância. Foi sincero. Expôs a
realidade. Apenas poderia ter se
manifestado de outra forma.
Trazendo a máxima de FHC para o contexto local, concluo que a frase, talvez não na mesma proporção, também pode ser aplicada para os abastados que confundem muito dinheiro com muita educação. Uma coisa nada tem a ver com a outra. E aí cometem deslizes que são tolerados pelo que têm. E o que vale é o dinheiro. Isso é incontestável.
No entanto, são motivos de ‘chacotas’ por aqueles que não possuem extratos bancários invejáveis, mas detêm conhecimentos e priorizam a intelectualidade. É só pensar um pouco e os exemplos em São Miguel começam a fluir em nossa mente e, inevitavelmente, as gargalhadas surgem ao natural.