Na maioria das vezes o verdadeiro
ladrão se dá bem. É que roubou muito e tem bastante dinheiro para contratar um
ótimo advogado para safá-lo da cadeia ou de penas rigorosas - e merecidas - pelo que fez.
Já o pobre
coitado, que sequer tem dinheiro para comprar um litro de leite para o filho e
por isso se obriga a furtá-lo, não dispõe de recursos e acaba, não raras vezes,
tendo que pagar um preço muito alto por um deslize muito pequeno.
A sociedade também tem culpa, pois fecha os olhos para
os atos ilícitos do sujeito abastado e olha com desdém para o carente
financeiramente.