O
melhor feriadão de Páscoa, pelo menos para os da minha geração, foi o de 1992.
Naquele ano a data caiu no dia 19 de abril. Ou seja: já na terça-feira tinha
outro feriado, o de Tiradentes. Então muitos 'emendaram' tudo. À época, com 19 anos de idade, era locutor da
Top 104 FM. O festerê começou na quarta, após às 24h, quando encerrei meu
horário. E seguiu na quinta, sexta, sábado, domingo e segunda. Na verdade acabou
na tarde da terça já que à noite a maioria dos que estudavam fora - e vieram
para cá - voltaram para as cidades onde cursavam universidades ou frequentavam cursos
preparatórios para vestibular. Naquele tempo a Unoesc, campus de São Miguel,
oferecia apenas dois cursos: Administração de Empresas e Pedagogia. A faculdade
ficava junto ao Colégio La Salle Peperi.
Nas
rádios as mais tocadas eram ‘November Rain’ - Guns N´Roses; ‘Don´t Forget’ -
Metalica; ‘Piano Bar’ - Engenheiros e 'O Teatro Dos Vampiros' – Legião. Do
Nirvana, curtíamos todas.
Na véspera da
Páscoa, a uma da madrugada, no então bar mais badalado da cidade, o Contramão,
que ficava no subsolo do prédio ao lado do Palácio dos Esportes, acabou todo
tipo de bebida. Inclusive refrigerantes e água mineral, tamanho era o público.
Depois todos seguiram para a Effect´us (hoje Farol). Por lá aconteceu a escolha
da rainha dos Jogos Abertos de São Miguel do Oeste (Jasmo). Depois o agito
continuou até às 6h30.
Hoje a maioria daquela época casou. Muitos já
se separaram e outros estão no terceiro relacionamento. Raríssimos os que ainda
não subiram ao altar ou ‘se juntaram’ e ainda não têm filhos. E mais raro, porém
existem, os que continuam livres, leves e soltos, porém, evidentemente, com o 'freio de mão puxado’.