26 de abril de 2012

HÁ 10 ANOS

         Finalmente prenderam, em Joinvile, o ‘maníaco da bicicleta’ que estuprou seis mulheres. Fora às que conseguiram escapar ou que ainda não registram queixa (por vergonha). No entanto, semanas antes, fizeram um retrato falado. Um inocente, parecido com o tarado, acabou levando a pior. Ele não chegou a ser preso junto com outros detentos, mas perdeu o emprego. Seu pai também foi demitido. A mãe sofreu com a discriminação. A vida da família virou um inferno. Depois que o verdadeiro insano foi descoberto e confessou os crimes, a vida do inocente até que voltou ao normal. Mas quem pagará o que ele e sua família sofreram? Comentam em processar o Estado. Tudo bem. É uma alternativa. Mas duvido que encontrem uma forma de reparar a humilhação pelo que passaram. Tomara que isso sirva de exemplo aos ‘adeptos’ do pré-julgamento e, também, aos delegados ‘apressados’ que, no fundo, querem ‘fazer moral’ com a sociedade.  
          *Coluna Roger Brunetto, 27 de abril de 2002.