É
claro que há exceções, mas a maioria dos casamentos realizados de 1985 para cá
resultou em divórcios e outros - não desfeitos - são de aparência.
Aliás, muitos ‘se aturam’, pois, com o perdão do trocadilho, se o ‘matrimônio’
acabar o ‘patrimônio’ terá de ser repartido. Atualmente, apesar de muita gente
juntar as ‘escovas de dentes’, normal é separar e anormal é ficar junto até que
‘a morte os separe’.
Neste emaranhado todo penso de como deve ser desconfortante estar ao lado de quem não se gosta. Pior, no entanto, é alguém ficar com uma pessoa sabendo que ela não quer mais nada, que deixa explícito ‘que já passou da hora do fim’. Em outras palavras: amar e não ser amado com igual fervor.
Quando a paixão, sempre confundida com o amor, finda não há o que fazer, apesar de que, às vezes, o ‘arrependimento’ bate à porta de quem tomou a iniciativa de colocar um ponto final no relacionamento. O futuro é imprevisível. Óbvio. E o fica ainda mais quando envolve sentimentos. Tenham eles sidos bons ou ruins. E mais: todo mundo já descartou e foi descartado. Normal. A vida é isso. O diferencial, no caso da rejeição, é que há os que aceitos; outros lamentam. Ainda tem uma parcela que, com o tempo, comemora.
E para fechar cito Machado de Assis: ‘Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor. O diabo, invejoso, fez o homem confundir fé com religião e amor com casamento’.