Na madrugada do dia 27 de fevereiro do
ano passado um acidente automobilístico, mesmo acontecido longe de São Miguel,
abalou a cidade. Motivo: a morte prematura de Leonardo Weissheimer, de apenas
20 anos. Foi na região metropolitana de Porto Alegre, onde cursava Medicina.
Ninguém queria acreditar. Filho dos médicos Gerson e Rosane Weissheimer, todos
o admiravam. Tinha centenas de amigos e amigas. O cara era muito boa gente. O
corpo foi cremado na capital gaúcha, no entanto faltou espaço na Igreja Matriz São
Miguel Arcanjo na missa de sétimo dia. Várias pessoas tiveram que ficar no lado
de fora.
À época escrevi:
‘Deus, na sua infinita sabedoria, sabe o que faz. Sempre. Não há como segurar
as lágrimas, mas tenham certeza que ele está em um lugar melhor que o nosso’.
E continuo
pensando assim. A vida não acaba com a morte. Não é consolo. É verdade. Inclusive
atrevo-me a dizer que coincidência não existe. Respeito que pensa o contrário,
mas, no meu entender, reencarnação é fato. E ouso provocar os céticos: O que é
mil, um milhão ou 900 trilhões de anos perante o infinito?
Não sei
quando, nem o local e, muito menos, o horário, mas o Léo reencontrará
seus pais, parentes e conhecidos. E isso vale para todos que perderam um ente
querido. E mais: “Um dia, longe da Terra, todos os motivos serão explicados e aí, então, entenderemos
os ‘porquês’ da vida”.