2 de maio de 2010

E AGORA?

O julgamento precipitado é um erro. Analisem aquele caso do assassinato de José Wickert, acontecido em Bandeirante, em março de 2008.
Um dos acusados, o agricultor Florenço Canodá, foi absolvido. O próprio Ministério Público pediu a absolvição. O julgamento foi sexta-feira passada. Foi provada sua total inocência. Só que ele chegou a ficar preso como suspeito. Alguns precipitados até, quem sabe, o chamaram de assassino. Seus familiares, talvez, tenham sofrido humilhações. E o sujeito era inocente. E mais: era muito amigo da vítima.
Pois é, agora ele está livre. Menos mal. Mas e o passado? Muitos poderão dizer que ‘já passou’. Sim, é verdade. Mas as marcadas ficarão para sempre.
Não estou sugerindo nada. Apenas que se pense bem antes de atirar a primeira pedra. E também que se avaliem todas as possibilidades de uma pessoa ter realmente participado de um delito antes de simplesmente mandar prendê-la.
E para fechar lembro Marquês de Maricá: Para bem julgar não basta sempre ver, é necessário olhar; nem basta ouvir, é conveniente escutar.